sexta-feira, 12 de julho de 2013

Gestão e Tecnologias na Escola

ALMEIDA, Maria Elisabeth Bianconcini. Gestão e tecnologias na escola. Gestão Escolar e Tecnologias. Formação de Gestores para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação. Boletim 2002


A autora aborda que a introdução das TICs na educação visavam atender às atividades administrativas, agilizando o controle e a gestão técnica. Posteriormente, ao adentrar no ensino e na aprendizagem, como atividades adicionais, vieram através de aulas de informática e projetos extraclasses. Com o advento da internet, destacou-se o acesso e expansão das informações atualizadas e criação de comunidades colaborativas que privilegiavam a comunicação, dando início ao ensino e à aprendizagem em um processo colaborativo onde havia troca de informações e experiências entre professores e alunos e outras pessoas do ambiente escolar.
“É necessário o emprego de todos os recursos disponíveis para a criação de comunidades colaborativas”, afirma a autora. Estas comunidades poderão ajudar ao educador a identificar e analisar os problemas de sua escola, sociedade, bem como buscando nestes ambientes soluções para estes problemas. Um fluxo de informações e troca de experiências, dando suporte para a tomada de decisão, atividades colaborativas, desenvolvimento de projetos inovadores e representação do conhecimento adquirido pelos alunos.
Essa evolução destacou a importância da incorporação das TIC à prática pedagógica e ao contexto da sala de aula, envolvendo os gestores neste processo. Ambientes virtuais colaborativos possibilitam a troca de informações e experiências, discussão de problemas de interesses comuns ajudando na construção de soluções para sobrepuja-los.

Citações principais do texto:
“A incorporação das TIC na escola vem se concretizando com maior frequência nas situações em que diretores e comunidade escolar se envolvem nas atividades como sujeitos do trabalho em realização, uma vez que o sucesso desta incorporação está diretamente relacionado com a mobilização de todo o pessoal escolar, cujo apoio e compromisso para com as mudanças envolvidas nesse processo não se limitam ao âmbito estritamente pedagógico da sala de aula.” Pg. 04.
“Desta forma, a incorporação das TIC na escola e na prática pedagógica não mais se limita à formação dos professores, mas se volta também para a preparação de dirigentes escolares e seus colaboradores...” Pg. 05.
“Tais ambientes virtuais, denominados também de redes colaborativas de aprendizagem, permitem aos participantes trocar informações e respectivas experiências, estimular a discussão de problemáticas e temas de interesses comuns, incentivar o desenvolvimento de atividades colaborativas para compreender seus problemas e encontrar alternativas para enfrenta-los e sobrepuja-los.” Pg. 06.
“Cada participante do ambiente compartilha valores, motivações, hábitos e práticas; torna-se receptor e emissor de informações, leitor, escritor e comunicador.” Pg. 07.

Comentários:
É muito importante destacar a grande oportunidade que temos ao usar TIC na ambiente escolar. Podemos ter resultados muito significativos quando criamos ambientes colaborativos que discutem assuntos relacionados à comunidade escolar. Ao se trocar experiências e conhecimentos adquiridos vemos a possibilidade de encontrar soluções para os problemas existentes. O papel do gestor é muito significativo neste processo, pois é possível catalisar a eficiência dos resultados quando se emprega TIC como instrumento participante do aprender.

Questionamentos:

Fazer entender a necessidade das TIC dentro de uma comunidade escolar é um dos grandes desafios encontrados quando tratamos de uma escola que está dando os primeiros passos rumo à tecnologia. O papel do gestor é de fundamental importância para se direcionar a um caminho de sucesso no emprego das TIC em ambiente colaborativo escolar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Funções e Papéis da Tecnologia

VIEIRA, A . Funções e Papéis da Tecnologia. São Paulo, PUC-SP, 2004.

O autor aborda que em atividades de programação de rotinas e processos; de organização, registro, acesso e manipulação de informações; de simulação de experimentos relacionados com ciências naturais e sociais; e de acesso à base de dados através da internet, a tecnologia pode fornecer vários benefícios. É necessário que o professor domine os conceitos e as práticas relacionadas com a tecnologia em seu ambiente pedagógico e no seu cotidiano escolar. O conceito de dado é estruturado como um conjunto de fatos distintos e objetivos relativos a eventos, e a informação é como uma mensagem que contém um emitente e um emissor e cujo objetivo é interpretação de algo de acordo. O receptor precisa aceitar a mensagem e perceber um significado. Neste processo de transformação de dado para informação destaca-se a importância de entender a finalidade contextual do dado, conhecer as unidades de análise ou sua essência, analisar matematicamente os dados quando necessário, corrigir ou eliminar dados incorretos e condensar dados agrupando-os e organizando-os. Apesar de a computação ser um grande aliado neste processo de transformação, ainda cabe às pessoas a contextualização, a categorização, o cálculo e a condensação dos dados.
O autor afirma que o conhecimento tem caráter humano e é bem mais rico do que os dados e as informações, pois para se produzir conhecimento é necessário que haja mentes que trabalhem incorporando novas experiências e informações. A transformação de informação em conhecimento só é realizada com a interferência da mente humana e exige: comparação de uma determinada situação observando uma determinada evolução e comparando-as a outras situações; verificar qual a utilidade dessas informações na tomada de decisão; levantamento do que as novas informações se relacionam com as existentes; e verificar o que outras pessoas percebem da informação.
O autor aborda o estudo e a análise de suas rotinas como sendo uma segunda forma de se conseguir conhecimento aplicado nas escolas, ou seja a transferência de conhecimento aplicado, experiência, possibilita o aprendizado de algo relevante incorporado às escolas. Um ambiente informatizado, para gerenciamento de dados e informações, exige bom senso, sendo necessário observar alguns pontos importantes no processo de escolha dos projetos. É necessário começar pela organização, elencando por relevância as informações, iniciar com um projeto piloto com limites bem determinados, abordar múltiplas frentes simultaneamente, não adiar estudos dos aspectos problemáticos e conquistar o envolvimento de toda a organização. É fundamental uma cultura de colaboração para se criar um ambiente informatizado para gestão do conhecimento, pois é exigido troca de informações e o isolamento é prejudicial neste processo.
Pensar a organização como um sistema, construção de grupos que aprendem com a prática, desenvolvimento pessoal, cultura organizacional e pouca hierarquização com mais auto-organização são considerações importantes para se enfrentar o problema do isolamento. Em um processo de implementação de novas tecnologias é mister considerar os seguintes pontos e fases: Alinhamento – Visão, desenho e operação do sistema alinhados com os objetivos da escola; Comprometimento – Alto comprometimento e apoio da liderança, desenho de sistema que facilite as rotinas da escola, boa aceitação do sistema pelos usuários; Domínio – Adequação do sistema com suas funções, desenho que facilite o domínio do sistema, e efetivo domínio do sistema.
Ao obtermos os dados e quando se tem um objetivo de análise visando a construção de conhecimento, notamos que a presença da mente humana é fator fundamental para que se obtenha sucesso neste processo. Uma maior clareza e coesão da equipe devem estar presentes ao analisarmos os objetivos pretendidos pela escola. Uma nova cultura é estabelecida quando se implanta um novo sistema ocorrendo uma interação desta cultura com a já existente.